A qualidade do ar em ambientes internos deve obedecer padrões de qualidade para preservar a saúde e o bem-estar dos seus ocupantes. Saiba mais a esse respeito.
Ele é invisível, mas impacta diretamente na saúde e bem-estar de todas as pessoas em qualquer lugar: o ar! Pouco se pensa na qualidade do ar que se respira em diferentes espaços, mas essa é uma questão essencial, especialmente em locais frequentados por bastante tempo e a longo prazo. Esse é o caso dos ambientes de trabalho, em especial aqueles que são totalmente fechados, como as indústrias, por exemplo. Hoje, vamos abordar questões pertinentes à qualidade do ar no trabalho, incluindo a legislação vigente e medidas que podem ser adotadas para preservá-la.
QAI: saiba o que é
QAI é a sigla para Qualidade do Ar Interno: mais do que um conceito, essa é uma ciência que surgiu nos anos 70 quando países desenvolvidos começaram a investir na construção de edifícios selados, ou seja, sem brechas para entrada de ar natural. Com o tempo, descobriu-se que a falta de troca de ar nesses ambientes era um fator de risco para aumentar a concentração de poluentes no ar interno, podendo afetar a saúde dos ocupantes desse tipo de construção.
Atualmente, a Qualidade do Ar Interno é um termo que se refere à qualidade do ar dentro de instalações fechadas, com foco especial na relação dela com a saúde e a qualidade de vida das pessoas que frequentam esses espaços. Quando a QAI é mensurada, são levados em consideração os componentes químicos e bacteriológicos presentes no ar.
Síndrome do Ambiente Doente: entenda
Também conhecida como Síndrome do Edifício Doente, ela diz respeito à relação que se estabelece entre as condições de um ambiente fechado e a saúde dos indivíduos que por ali circulam. Com as pesquisas, estabeleceu-se que um ambiente pode ser considerado doente quando pelo menos 20% dos seus ocupantes apresentam algum tipo de problema de saúde causado pela permanência em seu interior.
Esses problemas de saúde tornam-se ainda mais graves quando a exposição ao ambiente doente acontece de forma prolongada e/ou quando aquela pessoa já tem algum tipo de pré-disposição. Nessas situações, é possível que a simples saída daquele espaço não seja suficiente para reverter o quadro de saúde, sendo necessária uma intervenção médica mais complexa.
A OMS classifica os ambientes doentes em dois subgrupos: aqueles que são temporariamente doentes e os que são permanentemente doentes. Na primeira categoria, estão as instalações mais novas, que foram construídas ou reformadas há pouco tempo e ainda estão sendo adaptadas para oferecerem uma permanência saudável. Já no segundo grupo, estão os edifícios que, por alguma razão, apresentam dano permanente à saúde dos ocupantes, seja por uma falha no projeto, pela falta de infraestrutura adequada ou pela ausência de manutenções periódicas.
Legislação específica – QAI
Para garantir que o ar interno seja mantido dentro de padrões de qualidade satisfatórios, existem legislações específicas acerca dessa temática. Um bom exemplo é a Lei 13.589/18, que discorre sobre a necessidade de instalação e manutenção de sistemas de climatização em ambientes fechados.
Nessa lei, em seu artigo 3º, lê-se a seguinte especificação: “Os sistemas de climatização e seus Planos de Manutenção, Operação e Controle – PMOC devem obedecer a parâmetros de qualidade do ar em ambientes climatizados artificialmente, em especial no que diz respeito a poluentes de natureza física, química e biológica, suas tolerâncias e métodos de controle, assim como obedecer aos requisitos estabelecidos nos projetos de sua instalação.”, ou seja, claramente estabelecendo medidas que evitem a concentração de poluentes no ar.
Em 2020, a Divisão de Vigilância Sanitária do Trabalhador da Coordenadoria de Vigilância em Saúde também publicou a nota técnica 01/DVSAT 2020, discorrendo sobre a manutenção da qualidade do ar interno para os trabalhadores no contexto da pandemia de COVID-19. Esse documento reconhece o contexto epidemiológico como um agravante para a qualidade do ar e sugere medidas para mantê-la mesmo diante desse cenário, prevenindo o contágio.
Recomendações para a Qualidade do Ar Interno durante a pandemia
Além de todos os riscos que já existiam quando os padrões de QAI não eram respeitados, com a pandemia surgiu mais um: a possibilidade de contaminação pelo vírus da COVID-19. Para minimizar esses riscos, as recomendações para manter a qualidade do ar nessa nova realidade incluem:
- Sempre que possível, dar preferência à ventilação natural em ambientes fechados;
- Colocar em dia todas as manutenções em aparelhos de ar-condicionado e outros sistemas de climatização;
- Nos ambientes de trabalho em que não houver possibilidade de formato home office, organizar um regime de escalas para evitar as aglomerações;
- Realizar frequentemente a limpeza de superfícies com álcool gel 70% ou solução de água sanitária;
- Disponibilizar álcool gel para os ocupantes do ambiente;
- Em ambientes sem ventilação natural, adotar medidas que possibilitem as trocas de ar periódicas.
A manutenção do ar condicionado é um pré-requisito para manter a Qualidade do Ar Interno. Como está esse serviço na sua empresa? Entre em contato conosco e conte com a nossa equipe para colocar esse trabalho em dia!